O Hospital da Mulher “Maria José dos Santos Stein” realizou na última sexta-feira (24), um encontro para Conscientização do Parto Humanizado. 

Aberto para funcionários e para as Unidades de Saúde, a proposta foi preparar os agentes de saúde para que sejam multiplicadores de informação, visando informar às mulheres desde o pré-natal sobre seus direitos enquanto gestantes e auxiliar em suas escolhas no momento da gravidez, gerando assim mais segurança na hora do parto. 

A presidente da Comissão de Humanização do Hospital da Mulher, Gisele Minosso, abriu o evento falando sobre a missão da comissão e como ela trabalha para resgatar a humanização na assistência à saúde. “Temos como objetivo difundir a nova cultura de humanização sensibilizando a equipe para que a mulher seja protagonista do parto. Melhorando assim, a qualidade e eficácia da atenção realizada frente as nossas usuárias”.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que apenas 15% dos partos sejam realizados por cesáreas. No entanto o Brasil ainda é “campeão mundial no procedimento”. O Hospital da Mulher referência no atendimento humanizado ainda apresenta índices baixos, mas se comparados às recomendações, são altos. No ano passado 37,5% dos partos foram cesáreas e 62,5% por parto vaginal.  A falta de informação e o preconceito ainda são barreiras a serem superadas para que esse quadro seja alterado.

“Nosso objetivo é fazer com que todas as gestantes tenham acesso à informação desde o pré-natal para que elas desmistifiquem a ideia do parto humanizado e possam compreender que elas também têm autonomia para compor como este momento deve ser, afinal, elas são protagonistas desse processo que é muito especial”, explicou a supervisora do Centro de Parto, Maria Aparecida Fracaroli.

O hospital que permite a presença dedoulas durante o trabalho de parto exige, apenas, que a mesma realize o cadastro pessoalmente no hospital, fornecendo os documentos exigidos para o cadastro. Além disso, a unidade reforça que a doula não pode cobrar pelo apoio, ele precisa ser voluntário. Além disso, o Hospital da Mulher segue todos os passos preconizados pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) por meio do Cuidado Amigo da Mulher (CAM).  

O evento contou com a presença de mais de cinquenta pessoas, sendo pelo menos, trinta deles representantes das Unidades de Saúde de Santo André.