Desenvolvendo um trabalho de inclusão social, as Promotoras Legais Populares visitaram o Hospital da Mulher “Maria José dos Santos Stein” com o objetivo de entender o seu funcionamento e multiplicar essas informações em suas comunidades.

Uma palestra ministrada pela assistente social do hospital, Michela Domingues, pode ilustrar para as promotoras ainda em formação como funciona a unidade: quais as especialidades, o público alvo, quando a mulher deve procurar a unidade, além de dúvidas em geral.

O projeto visa formar mulheres que se tornam promotoras de justiça social dos segmentos populares e podem orientar outras mulheres a respeito dos serviços oferecidos no município, além de dar conselho e utilizar, no cotidiano, a função instrumental do direito em suas próprias vidas e de outras mulheres.

O projeto que começou em 1992, pelo Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM) através da Themis de Porto Alegre (RS), foi multiplicado pela Associação de Mulheres de São Paulo, que passou a oferecer o curso na capital paulista. Desde então, o projeto de formação de promotoras legais populares está espalhado por todo Brasil.

 “Para as coordenadoras do curso, é nítida a grande mudança na vida das mulheres após terminarem o processo de formação. Recebemos muitos agradecimentos das participantes, no entanto, é importante deixar a mensagem que quem ganha somos nós. Quando uma sobe puxa a outra”, disse a coordenadora do Curso de Formação de PLPs do Distrito de Capuava-Santo André-SP, Maria Cristina Pache.

O curso é um projeto de educação não formal, para mulheres maiores de 16 anos, sem exigência de escolaridade como pré-requisito. Ele é gratuito e repete-se anualmente, com aulas semanais de 3 horas, somando em torno de 90 horas, conforme a realidade de cada local.