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DOENÇAS E OUTROS PROBLEMAS DE SAÚDE 

1) Quanto tempo devo aguardar para procurar um tratamento para engravidar?

Quando se aprecia o problema da infertilidade devemos ter em mente sempre o casal, levando em conta que a causa tanto pode ser feminina, quanto masculina, considera-se a infertilidade conjugal. Consideramos casal infértil aquele que, mantendo relações sexuais sem recorrer a métodos anticoncepcionais, não consegue reproduzir-se. O prazo de tempo considerado para se admitir a infertilidade é variável: um ano e meio segundo a Organização Mundial de Saúde, no entanto, consideramos um ano, como razoável para a maioria dos casos. Esses prazos devem ser reduzidos para até 6 meses, quando se tratar de mulheres com mais de 35 anos de idade, para não adiarmos a investigação e a terapêutica. 

2) O que é corrimento vaginal?

O corrimento vaginal significa um aumento do conteúdo vaginal normal que se exterioriza pelos genitais externos, podendo causar desconforto, prurido, coceira, queimação, problemas urinários, entre outros. Normalmente, a presença desse corrimento deve ser encarada como um sinal passível de ocorrer por uma infecção (a causa mais comum), porém, há o risco de representar a manifestação de um processo mais grave. Como regra, todo corrimento deve ser avaliado antes de proceder a qualquer forma de tratamento e essa avaliação consiste em um exame ginecológico adequado e no exame complementar desse conteúdo vaginal por procedimentos de laboratório.

3) Quais são os tipos de corrimentos mais frequentes? 

Os corrimentos são caracterizados por causarem desconforto para a mulher. Há vários agentes responsáveis pelos corrimentos e são identificados: pelo exame clínico ginecológico, pelo exame bacterioscópico do conteúdo vaginal e por culturas específicas. Uma vez identificado o germe deverá ser tratado adequadamente (bactérias, fungos, parasitas). Assim sendo, temos, como mais frequentes, cândida, gardenerela, tricomonas, clamídia, microplasma, etc. Para o tratamento, não podemos esquecer a importância das condições de higiene, vestimenta e imunidade próprios de cada pessoa.. 

4) É possível transmitir HIV por sexo oral?

Sim, o vírus do HIV é transmitido por mucosas, de modo que se houver qualquer ferimento aparente ou não, há possibilidade de eventual penetração do vírus (sexo oral, vaginal, anal). 

5) Sinto muita dor durante a menstruação. Isso é normal? 

A dor à menstruação recebe o nome de dismenorréia, isto é, menstruação difícil. Comumente é entendida por menstruação dolorosa, sob a forma de cólicas uterinas. Assim sendo, a cólica menstrual deixa de ser leve para ser intensa, representando dificuldades para a mulher. Várias causas estão envolvidas, entre elas, fatores hormonais, anatômicos, psíquicos, alérgicos, inflamatórios, etc. O tratamento envolve aspectos durante a crise e fora dela. Várias são as possibilidades de tratamento e entre elas o uso de anticoncepcionais hormonais orais, além de outras drogas. Portanto, a orientação que damos neste caso é de um retorno ao ginecologista que orientará a melhor conduta.

6) O que é cervicite? 

Cervicite é a inflamação da porção vaginal do colo do útero. Quanto à evolução, classifica-se em aguda (subaguda) e crônica. Os agentes microbianos causadores das cervicites são germes variados. A conduta deverá ser dada pelo seu ginecologista. Trata-se de um processo muito comum e tratado com facilidade, dependendo da fase em que se encontra o processo inflamatório, existe um procedimento adequado. Retorne ao ginecologista.

7) O que é endometriose?

É a doença das teorias. Uma das explicações mais aceitas é que uma parte do sangue menstrual reflui da cavidade uterina para as trompas (tubas uterinas) e se implanta em diferentes locais. Dessa forma, como contém tecido endometrial (tecido encontrado dentro do útero), o mesmo desenvolve-se fora do lugar normal, instalando-se a endometriose em diferentes órgãos (tubas, ovários, na parede do próprio útero, regiões pélvicas e tecidos adjacentes).

8) O que é HPV? 

O HPV é uma doença viral provocada pelo papiloma vírus humano transmitido sexualmente. Pode apresentar-se sob forma benigna e forma maligna. Na forma benigna pode levar à presença de verrugas dispersas nos genitais, às vezes com dor e prurido (coceira) local e são tratadas com agentes locais cáusticos aplicados com o máximo cuidado pelo ginecologista, ou mesmo, se necessário, através de “cauterização”. Em outras ocasiões, podem surgir formas não-benignas que são detectadas nos exames de colposcopia ou através de exames de coleta específica (captura, hibridização). Dessa forma, será identificado o tipo de HPV. Não são todos os tipos que são malignos. Os malignos demoram para agredir as áreas genitais, o que possibilita tempo necessário e suficiente para serem tratados sem grandes problemas. Hoje, a prevenção de alguns tipos de HPV é feita com vacinas e, mesmo com a doença já manifesta, há tratamentos eficientes. O ginecologista deve orientar o melhor tratamento e o acompanhamento de cada caso. Lembramos que o exame do parceiro tem relevante importância para cada caso.

9) Há risco na gravidez para quem tem o vírus HPV?

A gravidez não representa nenhum fator que possa modificar a história natural da infecção pelo HPV. Na gravidez, durante o pré-natal, as pacientes devem ser acompanhadas devidamente na área genital. Caracteriza-se ,de forma geral a gravidez por diminuição das defesas imunológicas, o que poderia acelerar a evolução do HPV e dificultar o seu controle. É muito importante o acompanhamento que será realizado pelo médico ginecologista durante todo o pré-natal.

10) A vacina anti HPV é indicada para quem já tem o vírus?

A vacina anti HPV, normalmente, é indicada a mulheres entre 13 e 26 anos, antes de ter contraído qualquer infecção contra o vírus HPV. O fato de ser portadora do HPV, desde que ele não apresente nenhuma lesão, não precisa ser tratado, apenas acompanhado, somente o médico poderá avaliar a necessidade ou não de tratamento. Ele é um vírus oportunista que se manifesta principalmente quando a paciente está estressada ou com baixa imunidade. As vitaminas podem ajudá-la a melhorar a imunidade. A vacina ainda é bastante cara e não está disponível em nenhum serviço público. Vamos acreditar que as empresas envolvidas, junto com os gestores públicos e com a sociedade civil organizada, consigam fazer com que o preço no Brasil se torne significativamente menor. 

11) O que é Síndrome dos Ovários Policísticos?

Síndrome dos ovários policísticos (SOP) – Significa o conjunto de alterações morfológicas dos ovários com repercussões no ciclo menstrual e na capacidade reprodutiva da mulher. A causa ainda não se encontra bem esclarecida. Sabemos que ocorrem alterações hormonais, alterações cromossômicas, fatores emocionais, aumento de peso, crescimento de pelos e resistência à insulina (principal causa). Devido às alterações hormonais, podem ocorrer ovários policísticos acompanhados de anovulação (falta de ovulação), distúrbios menstruais, com ou sem aumento de pelos, acnes (espinhas), seborréia (oleosidade na pele), podendo alguns casos apresentar dificuldade na liberação do óvulo. O ginecologista orientará o tratamento mais adequado e quando houver interesse da paciente em engravidar, fará uso de drogas indutoras da ovulação. 

12) O que é colpite difusa?

É um processo inflamatório da mucosa vaginal observado pela colposcopia e pela colpocitologia oncótica(exame de Papanicolaou). É caracterizado por hiperemia (vermelhidão) difusa. Merece avaliação clínica do ginecologista para orientação e conduta. 

13) Como é caracterizada a TPM?

É um quadro muito variável, chamado de tensão pré-menstrual, que apresenta um conjunto de sintomas e sinais caracterizados por desânimo, distensão abdominal, turgescência mamária (aumento no volume das mamas), dor nas mamas, perturbações do sono, irritabilidade nervosa e ansiedade, que se manifesta alguns dias antes da menstruação e desaparecem no início da perda sanguínea. Necessita de acompanhamento ginecológico que tem por objetivo minimizar os sintomas. 

14) Como tratar os miomas?

Miomas e cistos nos ovários podem ter tratamento clínico (com medicamentos) ou cirúrgico, dependendo do tamanho, localização e sintomas. Também levamos em conta se tem, ou não, filhos e/ou o desejo de tê-los. Se mesmo com o tratamento ainda apresentar sangramento, você deve retornar ao seu médico e reavaliar. Fraqueza, sono e cansaço podem ser decorrentes de anemia, que muitas vezes ocorre devido ao sangramento menstrual em grande quantidade. Após a menopausa, por volta dos 50 anos, os miomas tendem a diminuir. Não há problema em não menstruar por anos, desde que haja acompanhamento médico. 

15) Como é formado o útero e onde se localizam os miomas?

O útero é um órgão muscular, em forma de pêra, que tem uma abertura inferior (colo), que se comunica com a vagina. A cavidade uterina acima do colo é a parte superior do útero, onde podem surgir os miomas. Existem três tipos de miomas: abaixo do revestimento interno - submucoso (dentro do útero), intramural (na parede do útero) e abaixo do revestimento externo - subseroso (fora do útero). 

16) Após a cauterização podem ocorrer corrimentos? 

Após a chamada cauterização do colo do útero, poderá ocorrer, por algum tempo, um aumento do corrimento. Às vezes, até mesmo acompanhado de sangue, que deverá diminuir lentamente. Nessas ocasiões é conveniente o retorno ao ginecologista para acompanhamento. 

17) Excesso de hormônios pode interferir no desejo sexual? 

A libido é um fenômeno muito complicado que não se limita apenas a hormônios. Determinada quantidade de testosterona no sangue não é o bastante, o cérebro precisa reagir devidamente ao hormônio. Insônia, dieta pobre, doenças, exaustão psicológica e física podem facilmente reduzir o desejo sexual. O uso prolongado de anticoncepcionais pode diminuir a libido, Converse com seu ginecologista para melhor avaliação.

18) O que fazer após a confirmação de nódulos mamários?

A presença de nódulos mamários é sempre importante. Os cistos e o nódulo referidos no presente caso, deverão ser confirmados por um ginecologista ou mesmo um mastologista. Somente eles poderão tranqüilizar a paciente, principalmente, porque no caso em questão, há referência a antecedentes familiares de câncer de mama.

GRAVIDEZ E AMAMENTAÇÃO

19) O que é gestação molar?

Trata-se de uma malformação do ovo que gera formação de vesículas em lugar de um embrião. Os testes de gravidez dão positivos, mas com valores muito mais elevados do que na gravidez normal. 

20) O que é placenta prévia?

O local normal da inserção da placenta é no corpo do útero, em posição anterior, posterior, ou no fundo do útero. Porém, quando se localiza em posição mais baixa (no segmento), ela vai situar-se na frente do concepto (bebê), por isso, é chamada de placenta prévia. Trata-se de um quadro importante, geralmente pode dar sangramento durante a gestação, o que obriga um acompanhamento mais rigoroso do pré-natal.

21) Quais as causas dos enjôos na gravidez?

Os enjôos são queixas frequentes na gravidez. São profundamente desagradáveis e algumas vezes de curta duração durante a gestação, mas podem em determinadas ocasiões, prolongarem-se de forma acentuada. Em princípio, recomendamos a ingestão, durante a gravidez, de pequenas quantidades de alimentos, que devem corresponder a uma dieta leve, fracionada (cerca de seis por dia), sempre em pequenas quantidades. O fator emocional deve ser sempre bem avaliado. Siga a orientação recomendada pelo obstetra.

22) Quem fez cirurgia para redução de mamas pode ter problemas para amamentar? 

O risco de ocorrer dificuldade para amamentar existe, porém é pequeno e depende da técnica utilizada, mas não impede a amamentação. O crescimento mamário durante a gestação vai depender também, do ganho de peso na gravidez.

23) É possível realizar um parto sem dor?

A dor no parto, como qualquer outro tipo de dor,é muito pessoal. Há muitas gestantes que dão à luz referindo perfeita tolerância no que diz respeito à dor. Outras, fazem uso de procedimentos não medicamentosos, como, massagens, banho de chuveiro, banheira de hidromassagem, cavalo pélvico, barra e bola suíça (métodos esses todos disponíveis no Hospital da Mulher) que atenuam a sensação da dor ou, se necessário, necessitam de medicamentos analgésicos, ou mesmo anestesia.

24) O que é a depressão pós-parto?

Uma discreta alteração emocional no pós-parto não deve representar preocupação (tristeza ou “blues” pós-parto). É transitória e desaparece espontaneamente. Porém, algumas vezes, estamos diante da chamada depressão pós-parto, caracterizada por sintomas semelhantes aos da depressão comum: pouca disposição, tristeza profunda, certo isolamento social, perda do apetite e insônia. A mãe tem consciência de que não está bem, mas continua com a noção de tempo e espaço, mantendo as responsabilidades com o bebê e com a casa, mas não se sente feliz. Pode aparecer no período de um mês a um ano após o nascimento do bebê. Envolve vários fatores: psicológicos, predisposição genética, estresse (podendo ocorrer antes, durante ou após o parto), problemas sócio-econômicos, falta de apoio familiar, rejeição da criança por parte da mãe ou dos familiares, dificuldade em representar o papel de mãe, bem como, alterações do estado geral ou mesmo desequilíbrios hormonais (tireóide). A mãe necessita de medidas de apoio com técnicas especiais e com a participação de psicólogos ou psiquiatras.

25) Meu bebê só quer mamar em um seio. O que fazer?

Em primeiro lugar, conservar as mamas na posição de preferência do bebê. Manter a produção ativa na mama recusada, através de massagens e ordenhas. Verificar o que está acontecendo na mama recusada, se é o fato de estar muito dura (ingurgitamento), ou se a mãe está usando algum perfume ou creme, que possa irritar o bebê. O tipo de mamilo deve ser avaliado. Se não houver melhora do quadro, poderá trazer o bebê ao Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher para avaliação.Teremos o máximo prazer em orientá-la.

26) Gestantes podem fazer o papanicolaou? E mulheres virgens?

Toda gestante pode realizar o exame de papanicolaou exceto quando tem sangramento. É comum apresentar cólicas e um certo desconforto em baixo ventre ‘pé da barriga’, devido ao crescimento do útero, porém, se a dor for intensa, deverá procurar seu médico para examinar e esclarecer a causa. Medicamentos na gestação somente com receita médica e após consulta. Você poderá esclarecer suas dúvidas também no curso para gestantes, realizado neste hospital, no último sábado de cada mês.

O exame de prevenção de câncer ginecológico é recomendado a todas as mulheres que iniciaram a vida sexual ou após a idade de 25 anos, se forem virgens. Neste último caso, será realizada a coleta com material específico para tais situações, para que seja colhido em condições técnicas adequadas. O médico poderá realizar a coleta ou indicar um laboratório. 

27) Quem já fez uma cesárea, no futuro, poderá ter um parto normal?

Sim. Normalmente, a existência de cesárea em gestação anterior, leva a nova cesárea em 50% das vezes. O que significa 50% de chance de parto normal. A assistência ao trabalho de parto irá definir a melhor forma de parto. 

28) É comum a queda de cabelo após o parto?

Sim, e também em quem está amamentando, devido à alteração hormonal. Procure seu ginecologista para avaliar e orientá-la se é, ou não, necessário medicar.

29) Ser fumante passiva prejudica uma gestação?

O fato de ser fumante passiva e, se isso for constante, pode interferir na perda de peso do feto ao nascer. Converse com as pessoas que convivem a seu lado, alerte-os dos riscos do tabaco e peça o cumprimento da lei. O uso de máscara não protege. 

MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 

30) O DIU pode provocar coceiras?

O DIU é inserido na cavidade do útero. Habitualmente, não condiciona infecção vaginal. A coceira e o corrimento podem existir independente do DIU. No entanto, o DIU pode propiciar infecção. Recomendamos que você consulte seu ginecologista para esclarecer se o DIU é a causa, ou não, do prurido (coceira), orientá-la e tratá-la adequadamente.

31) Quanto tempo deve ser aguardado para se ter relações com segurança após a colocação do DIU?

Uma vez colocado o DIU, aguarda-se a sua acomodação em alguns dias. Após o primeiro episódio da menstruação, realiza-se a ultrassonografia para verificar o posicionamento dentro do útero e, a partir daí, libera-se a vida sexual por questões de segurança do procedimento.

32) Quanto tempo deve ser aguardado após o parto para a colocação do DIU? 

O DIU deve ser colocado entre 40 e 60 dias após o parto. 

33) É possível reverter a laqueadura? 

Com relação à realização da laqueadura, alguns aspectos devem ser levados em consideração. Em primeiro lugar, saber o local exato em que foi realizada a laqueadura, é muito importante para a reversão Além disso, a técnica adotada para a laqueadura, também deve ser considerada. É importante a avaliação da laparoscopia no que diz respeito às áreas ainda íntegras. Isso tudo é fundamental para que seja ressecada a área laqueada e que possa ser feita a aproximação das duas extremidades (aproximação ”boca a boca”), que será realizada por micro-cirurgia, com fios adequados e tratamento técnico apurado. Os melhores resultados não garantem a certeza da reversão com sucesso, mesmo que as tubas possam ficar permeáveis em até 80% das vezes. Dessa forma, mesmo com a recanalização a gravidez não acontece na proporção esperada. Como colaboração, deixamos a mensagem de que ao decidir por métodos como laqueadura tubária ou mesmo vasectomia, deve ficar bem evidente as dificuldades de reversão dos métodos. Esses casos devem ser avaliados pelo ginecologista ou por um serviço especializado em Reprodução Humana.

34) Por que não consigo fazer a laqueadura? 

Todo processo para aprovação, ou não, de laqueadura, deverá após fazer solicitação e orientação do planejamento familiar, será discutido por uma comissão, cada caso em particular. Quando o marido ou a esposa têm apenas um filho, evita-se o método definitivo, devido ser muito freqüente o arrependimento, mas poderá ser realizado posteriormente e até então utilizar outro método contraceptivo. Procure orientação específica com o seu ginecologista.

35) A pílula anticoncepcional é indicada para mulheres virgens?

A pílula anticoncepcional representa uma influência hormonal que tem múltiplas atuações no organismo feminino. Muitos estudiosos referem uma menor incidência de câncer de ovário, câncer do endométrio e de câncer de cólon intestinal em mulheres que fazem uso de pílulas anticoncepcionais, embora alguns autores não tenham chegado a uma conclusão exata sobre maior incidência, ou não, de câncer de mama, portanto, as pílulas anticoncepcionais podem estar indicadas inclusive para muitas mulheres por razões não contraceptivas. Devemos deixar bem claro, no entanto, que os riscos no uso de tais medicamentos existem e são importantes, de tal forma que sempre deve ser levada em consideração a ocorrência de contra-indicações relativas e algumas inclusive absolutas. Assim sendo, estão contra-indicadas em pacientes com antecedentes de varizes, tromboses, e acidentes vasculares cerebrais, embolias pulmonares, com alterações dos fatores de coagulação, bem como, nas tabagistas crônicas, além de outras situações clínicas que envolvem problemas hepáticos, problemas renais, etc. Concluímos que não se trata de medicação totalmente isenta de risco e só deve ser administrada após consulta com o ginecologista que avaliará os riscos e os benefícios. Não se deve fazer uso de automedicação, sendo fundamental a indicação e a orientação médica. 

36) É possível emendar as cartelas de anticoncepcionais sem risco de engravidar?

Sim, poderá emendar a cartela por até três meses, sem qualquer aumento no risco de gravidez. Esse é o método estendido. No entanto, como existe um risco de ‘ovulação perdida’, imprevista, é recomendado o uso conjunto de preservativo, hoje considerada dupla proteção. 

37) Como usar corretamente o método anticoncepcional injetável? 

Neste tipo de anticoncepção, a primeira aplicação deve ser realizada em torno do quinto dia do ciclo menstrual. A partir daí, deverá ser tomada nova dose a cada trinta dias (método injetável mensal). Quem optar por este método deve estar ciente de que a quebra do ritmo menstrual é uma das principais causas de abandono do método de anticoncepção injetável, embora tenhamos observado que depois de algum tempo de uso, há a possibilidade de regularização do ciclo. Trata-se de uma queixa muito freqüente. Existem outras possibilidades clínicas para a ocorrência de alterações do ciclo menstrual. 

Se você pausar o uso do método injetável, habitualmente, será acompanhado de atraso menstrual. Se a sua vontade é continuar com o método, seria prudente afastar a possibilidade de gravidez e, em caso negativo, reiniciar as aplicações mensais do anticoncepcional. A meu ver, esse reinício deve ser adequadamente programado, ou assim que vier a menstruação. Procure orientação com o seu ginecologista.

38) Posso trocar de anticoncepcional?

De uma forma geral, não é recomendável a troca do anticoncepcional pura e simplesmente, devido à possibilidade de ocorrer escapes de ovulação, com o risco de gravidez. No caso de ser necessária a troca, recomenda-se no período de adaptação ao novo produto, a utilização ao mesmo tempo de outros cuidados (como o uso de preservativo), sempre após orientação médica.

39) Quais medicamentos cortam os efeitos dos anticoncepcionais? 

Alguns medicamentos, como os antibióticos e os anticonvulsivantes, podem diminuir a eficiência do anticoncepcional, podendo haver o risco de uma gravidez. Recomenda-se a associação de um outro método que possa aumentar a segurança da anticoncepção. Aproveitamos a oportunidade para dizer que algumas situações clínicas podem igualmente interferir na eficiência do uso de pílulas anticoncepcionais, tais como problemas gastrointestinais (vômitos e diarréia). 

NEONATOLOGIA

40) O que é icterícia neonatal?

É a cor amarelada na pele do bebê. Quando o bebê nasce, seus órgãos precisam de um período de adaptação, entre eles, o fígado. O acúmulo de bilirrubina (pigmento que existe no sangue) não é totalmente filtrado pelo fígado do bebê e pode se depositar na pele ocasionando a coloração amarelada. O seu tratamento consiste no chamado ‘banho de luz’, onde o bebê fica exposto em ambiente adequado pelo período que precisar. É controlado por exame do sangue do bebê. Nem todas as crianças que ficam ‘amarelinhas’ necessitam do ‘banho de luz’ (fototerapia). É importante explicar que a icterícia não se adquire no hospital. Ela é uma característica natural do bebê nos primeiros dias de vida. A icterícia descrita acima é a do tipo fisiológica, que atinge aproximadamente 70% dos recém-nascidos. Há outros tipos chamados de patológicas, que dependem de outros fatores.

MENOPAUSA 

41) Como se caracteriza a menopausa?

Caracterizamos a menopausa como a ausência de menstruação por um período, em geral, superior a um ano. Para confirmá-la será necessária a realização de exames hormonais complementares. Há várias causas de atraso da menstruação na faixa etária mencionada, sem esquecer a própria gravidez. É necessária uma consulta ao ginecologista para uma avaliação. 

42) Por que a menopausa causa os fogachos (ondas de calor)?

A causa dos fogachos é o nível do estrogênio baixo, que ocorre fisiologicamente no período de climatério/menopausa. O estrógeno é o hormônio que os ovários liberam a vida toda no organismo feminino que na menopausa e na transição menopausal, apresenta um decréscimo. Nessa ocasião, a mulher passa a ter níveis variados de hormônio ovariano estrogênico e ao depender de níveis baixos, muitas apresentam sintomatologia. Há mulheres que convivem bem com níveis hormonais baixos e que não sentem a sua falta. Por isso, algumas têm os sintomas característicos da menopausa e outras não.

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